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sexta-feira, 27 de março de 2015

Qual o seu signo?


É comum ouvirmos, em uma conversa informal, a pergunta: Qual é o seu signo?”“. Existem pessoas que não saem de casa sem antes consultar o que o horóscopo tem preparado para elas naquele dia. Há também pessoas que afirmam não acreditar nessas previsões, mas não conseguem deixar de dar uma espiada no seu horóscopo “só por curiosidade”. Esquecem-se, porém, que essa prática é falsa e desagrada a Deus.

PERGUNTA: Por que consultar horóscopos desagrada a Deus? A Bíblia se manifesta sobre a consulta horóscopos?

RESPOSTA: Toda a prática ligada ao ocultismo é considerada abominável a Deus como lemos em Deuteronômio 18:9-13 – “Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará… adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti. “Perfeito serás, como o SENHOR teu Deus.”

PERGUNTA: Qual deve ser a nossa bússola nesta vida?

RESPOSTA: Nossa bussola deve ser a Bíblia, como lemos no Salmo 49.23 “… e saberá que eu sou o Senhor, e que os que confiam em mim não serão confundidos”. Não devemos ser guiados por superstições. Lemos ainda em João 14.6 Jesus afirmando “Eu sou o caminho e a verdade e a vida ninguém vem ao Pai senão por mim.” Diante disso, não devemos procurar direção em outros meios a não ser no Senhor Jesus, pois ele disse: João 8.12  “Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”

PERGUNTA: A ASTROLOGIA é condenada por Deus?

RESPOSTA: Sim. A astrologia  é de uma época em que as nações eram ignorantes quanto aos corpos celestes e por isso temiam e adoravam. Antes de cientistas estudarem seriamente os astros, as nações  mergulhadas em práticas ocultistas, como os egípcios, os babilônicos os incas e astecas, criam no poder dos astros.

PERGUNTA: O povo de Israel também estava envolvido com a astrologia?

RESPOSTA: Não porque eram orientados por Deus como lemos em Dt 18.10-13.

PERGUNTA: Um trecho da Bíblia que é muito controvertido é se os magos que vieram do Oriente seguiram uma estrela que os levou a Belém, ao local onde Jesus nasceu eram
envolvidos com astrologia?

RESPOSTA: A estrela que os magos seguiram era sobrenatural, porque ela apareceu só para
eles. Mateus 2.1-3 – “E, TENDO nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo. E o rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele.” Uma simples estela não faz isso. Logo, essa ‘estrela’ não era natural. Era uma ação sobrenatural de Deus, que fez isso para gentios (não judeus) testemunhassem o nascimento de Jesus.

PERGUNTA: O horóscopo se baseia nos signos do zodíaco. O zodíaco é a divisão do céu feita
pelo homem. Os astrólogos dizem que cada área do zodíaco é governado por um poder. Ao todo, são doze; gêmeos, virgem, touro, libra, áries, sagitário, leão, câncer, escorpião, aquário, peixes e capricórnio. A maioria esmagadora de todas as predições de horóscopos se cumpriu?

RESPOSTA. Não, a maioria das previsões, além de equivocadas, nunca aconteceu e outras são genéricas e sem credibilidade alguma.

Ao contrário, as profecias bíblicas nunca caíram por terra. Foi Deus quem revelou a Daniel os segredos de toda uma nação quando os astrólogos falharam. Daniel 2.27,28 – “Respondeu Daniel na presença do rei, dizendo: O segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem declarar ao rei; 28 – Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça que tiveste na tua cama.”

Pr. Natanael Rinaldi

sexta-feira, 6 de março de 2015

A Face Oculta da Numerologia


Você sabia que a data do seu nascimento e o número da sua residência têm grande influência sobre os acontecimentos que cercam a sua vida? E que o seu futuro pode ser influenciado pelos números? Pois é justamente assim que creem os seguidores da numerologia, conhecidos como numerólogos. As perguntas que nos vêm à mente são: “O que significam os números? Para que servem? Podem, afinal, influenciar as nossas vidas?”.

Os estudiosos, desde épocas remotas, vêm atribuindo aos números valores filosóficos e religiosos. Através dos números e dos séculos, pensadores e místicos têm expressado seus ideais e conceitos. Na Bíblia, muitas vezes os números aparecem como símbolos, mas não podemos dizer que todos os números nas Escrituras são simbólicos. O costume de atribuir algum significado aos números vem do Oriente.

O dicionarista Aurélio define o termo numerologia da seguinte maneira: “estudo da significação oculta dos números e da influência deles no caráter e no destino das pessoas”. Entre os judeus místicos, a Cabala1, baseada principalmente na simbologia dos números, é cultivada com afinco. Os cabalistas recorrem a um processo chamado gematria (vocábulo grego que significa geometria: ‘medida da terra’. A gematria consiste em atribuir às letras valores numéricos e tirar deste princípio múltiplas conseqüências).

De acordo com o livro “Dicionário de religiões, crenças e ocultismo”, a numerologia é um “sistema ocultista que atribui valores específicos e significados aos números para se determinar o futuro ou conhecer os mistérios do universo físico”.2

A origem da numerologia

É longo o caminho que a numerologia percorre, tanto na filosofia como no ocultismo. Suas origens apontam para Pitágoras3 como sendo o pai dessa atividade. E Platão a incrementou com seus conceitos universais. “O fato de que a natureza (os minerais, a flora, a fauna…) se apresenta ao homem com certa regularidade, simetria ou harmonia, fez que desde remotas épocas os homens tendessem a ver nos números o elemento básico ou o fundamento de toda a realidade: ‘Os números são os princípios das coisas’, dizia Pitágoras; por conseguinte as leis dos números seriam as leis do universo”.4

Devido à harmoniosa sucessão do dia e da noite, das quatro fases da lua, dos sete dias da semana, das quatro estações do ano, da simetria das partes e dos membros do corpo humano, e também da sequencia dos anos, o homem foi conduzido à simbologia e à mística dos números.

O que na verdade Pitágoras fez foi relacionar a realidade aos números. Assim, podemos dizer, em primeiro lugar, que os números têm a chave para a explicação da realidade e, em segundo, que eles são a própria essência da realidade. Como dissemos anteriormente, Platão tomou as lições básicas de Pitágoras identificando seu sistema de idéias e conceitos relacionado aos números. “Ele trabalhou com os conceitos de limitado, não-limitado, determinado, não-determinado. Platão era matemático e, naturalmente, deixava-se atrair por uma teoria que se relaciona à própria realidade”.5

Raciocinando com a numerologia

De acordo com esse estudo, valores numéricos são atribuídos às letras. Um exemplo disso seria que a letra “a” valeria 1 e a letra “z”, 26. As principais funções dessa “matemática” é calcular o valor numérico do nome de uma pessoa junto com a data do seu nascimento. “Por exemplo, Jesus é: J (10), E (5), S (19), U (21), S (19). A adição desses valores é 74. Esse número é reduzido da seguinte forma: 7+4 = 11 e 1 + 1 = 2”.6 Se considerarmos o fato de que o nome Jesus no grego é Iesous, esta colocação fica sem nexo, pois o nome Iesous contém oito letras, o que fornece outro valor numérico.

O mesmo acontece com as datas de nascimento. Suponhamos que o cálculo da data de nascimento de uma pessoa do dia 30-04-80 fosse: 30 + 4 + 1 + 9 + 8 + 0 = 52. A redução desse número seria 5 + 2 = 7. Então, o número dessa pessoa seria 7. Seria a partir desse número que os numerólogos interpretariam a vida de tal pessoa. É seguindo essa forma de raciocínio que muitos estudiosos atribuem o número 666 (associado ao anticristo) às letras do nome César Nero. Existe alguma verdade nessa teoria? É um caso que precisa ser analisado.

Místicos por todo o mundo têm feito previsões baseadas na numerologia, e muitas delas, concidentemente, têm-se cumprido, tornando este método popular entre uma grande parcela da população que busca conhecer aquilo que está por vir. Tais pessoas, no entanto, ao interessar-se pelos acontecimentos futuros visam apenas resolver seus problemas amorosos, financeiros e profissionais. Na verdade, não estão nem um pouco preocupadas em saber sobre as coisas espiritualmente saudáveis reservadas para elas.

Como podemos ver, o assunto é sério, e precisa ser analisado à luz da Palavra de Deus.

A numerologia à luz da Bíblia

Reconhecemos que certos números na Bíblia possuem significado especial, mas isso não quer dizer que devemos exagerar a respeito. O caso dos 153 peixes de João 21.11 vem sendo explorado por toda a história da Igreja. Outro exemplo de controvérsias e especulações são as setenta semanas de Daniel (Dn 9.25-27), bem como a frase “um dia para o Senhor é como mil anos” (Sl 90.4). É uma atitude totalmente sem nexo impor uma interpretação simbólica a estes números.

Sempre houve muitas especulações em torno dos números na Bíblia. Ao que tudo indica, o único número da Bíblia que de fato pode receber interpretação simbólica é o 666: “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis” (Ap 13.18).

Seja qual for a maneira usada pelo homem para praticar a adivinhação é abominação diante de Deus. Vejamos o que diz Deuteronômio 18.10-12: “Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti”. Levítico 19.31 também tem algo a dizer a respeito: “Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o Senhor”.

O castigo para o praticante da adivinhação, conforme rezava a lei, era a morte: “Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá, serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles” (Lv 20.27).

De acordo com o que diz a Bíblia, um dos motivos que levou Saul à morte foi justamente o fato de ele ter recorrido à adivinhação: “Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar” (1Cr 10.13). Samuel, ao contrário de Saul, havia desterrado todos os adivinhos (Samuel temia o Senhor 1Sm 28.3,9).

O povo de Israel praticava adivinhações e foi duramente advertido pelo profeta Isaías: “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” (Is 8.19).

No Novo Testamento, encontramos o caso de uma jovem que tinha um espírito de adivinhação. Tal espírito, no entanto, foi expulso pelo apóstolo Paulo. O registro desse acontecimento encontra-se em Atos 16.16-18. Vejamos o que diz o texto: “E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu”.

Claro está que a prática de adivinhação é terminantemente condenada por Deus!

Vivemos diariamente com pessoas que crêem em adivinhações. Para que suas vidas sejam transformadas, precisamos mostrar-lhes a verdade da Palavra de Deus. Somente assim poderemos convencê-las de seus erros.

Em relação a esse assunto, para que não caiamos nas armadilhas do inimigo, devemos defender a fé que uma vez nos foi dada (Jd 3). Fica aqui, então, lançado o desafio. Será que estamos dispostos a fazer pela verdade o que os numerólogos fazem pela mentira?

Notas:

1 Defesa da Fé, nº 32, pp. 52-55.
2 Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, Mather & Nichols, Editora Vida, p. 341.
3 Pitágoras (570-495 a.C) importante matemático e filósofo grego. Entre seus mestres é necessário citar Zoroastro, um sábio persa e grande conhecedor da cabala.
4 Pergunte e Responderemos, 1973, ano XIV nº 163, p. 309.
5 Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, Vl 4, R. N. Champlin e J. .M Bentes, Editora Candeia, p. 551.
6 Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, Vl 4, R. N. Champlin e J. .M Bentes, Editora Candeia, p. 552

Por Danilo Raphael e extraído da Revista Defesa da Fé